sábado, 28 de setembro de 2013

FAZ HOJE UM ANO QUE PARTISTE.

Não é que me tivesse esquecido, porque a tua memória me acompanha em cada doloroso passo deste resto de caminho que me falta percorrer.


Tantos anos levei a entender a adoração com que falavas da tua mãe, para lá de toda a infância que não tiveste, de toda a juventude que te roubaram, de toda a vida que enterraste no trabalho sem proveito.

E foi preciso que me deixasses só, sem vida, sem os teus carinhos à volta.
 
Foi preciso que povoasses todo o imenso deserto que me rodeia, que revolvesses toda a terra que me espera os despojos inúteis e sem préstimo.
Nem os minutos, nem as horas, nem nada! Chorar-te, minha Mãe, não é destino. 
Mas é revolta, por não estares!
 
Estejas onde estiveres descansa em paz.
 
Muito Obrigado Minha Mãe…
 

Angelino.

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